Foram apresentadas, na última semana, informações sobre a pesquisa “Significados da oxigenoterapia para pacientes do Hospital Universitário de Brasília”, realizada por estudantes da Universidade de Brasília, com o apoio do departamento de Antropologia (UnB) e de Pneumologia (HUB). Os pesquisadores acompanharam a rotina de quem recebe o tratamento terapêutico e vão fornecer dados para que o atendimento seja aprimorado.

A oxigenoterapia é a administração de oxigênio medicinal em concentrações maiores do que aquelas do ar ambiente, visando tratar ou prevenir sintomas ou manifestações de hipoxia (falta de oxigênio nos tecidos no corpo humano). A terapia está disponível no Sistema Único de Saúde e é prescrita por profissionais especializados.


O estudo é um complemento da disciplina Antropologia da Saúde e envolveu 28 estudantes de cinco cursos - Antropologia, Sociologia, Psicologia, Saúde Coletiva e Enfermagem - orientados pela professora Soraya Fleiescher. “Empregamos uma metodologia qualitativa, utilizando um olhar mais antropológico a partir das entrevistas e visitas realizadas aos pacientes que fazem uso da oxigenoterapia”, explica a docente. Ao final da pesquisa, cada estudante elaborou um artigo demonstrando os resultados de todas as análises realizadas durante o estudo.


Segundo a responsável pelo setor de penumologia do HUB, Verônica Amado, o principal objetivo do projeto é demonstrar o impacto da oxigenoterapia na vida dos pacientes e de seus familiares. “É uma terapia que altera a qualidade de vida e muda bastante o cotidiano dessas pessoas. O intuito é que o estudo demonstre como funciona esse contexto e a partir disso, interferir positivamente na relação médico, paciente e terapia”, afirma.


João Daniel Bringel Rego, coordenador do Centro de Pneumologia da Secretária de Estado de Saúde, esteve na exposição dos resultados da pesquisa representando a SES/DF e afirmou que o estudo é uma maneira de identificar a forma mais adequada de acolhimento desses pacientes. “Ter uma pesquisa que demonstre como realmente é o dia a dia deles pode ser essencial para termos mais argumentos de como orientá-los adequadamente”, finaliza.