Estudo revelou maior predisposição de pessoas com herança genética de europeus e africanos para doenças como Alzheimer. Trabalho será apresentado no 7º Congresso Centro-Oeste de Geriatria e Gerontologia.

O crescente aumento da expectativa de vida do brasileiro traz à tona a importância de se discutir as doenças do envelhecimento. Entre elas, o mal de Alzheimer que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 36 milhões de pessoas no mundo. Mas a falta de pesquisas amplas ainda dificulta o entendimento sobre o avanço da doença. "Os principais dados sobre Alzheimer são baseados em estudos de associação, realizados com amostra originada de uma única população", explica a pesquisadora da Universidade de Brasília, Andréa Lessa Benedet.


Andréa é autora de um estudo que considera a mistura de raças no entendimento do Alzheimer e chama a atenção para a influência da proporção genética de ancestralidade nos pacientes com a doença. Ela avaliou 120 pacientes com Alzheimer e 412 que não manifestaram a doença e concluiu que os que possuem estrutura genética herdada das populações ameríndias, povo nativo das Américas, como os indígenas, têm menor predisposição à doença. Já os pacientes que possuem maior herança genética de europeus e africanos seriam mais suscetíveis ao Alzheimer.


O estudo foi publicado no periódico internacional Dementia Geriatric Cognitive Disorders e será apresentado no 7º Congresso Centro-Oeste de Geriatria e Gerontologia (Coger), que ocorre de 26 a 28 de setembro, em Brasília. Outras duas pesquisas realizadas na UnB serão apresentadas durante o evento. Uma delas, realizada pelo estudante Aparecido Pimentel Ferreira, trata da intolerância à glicose e sua relação com o diabetes tipo 2, e foi premiada como o 2º melhor trabalho científico do país em 2012, segundo a revista da Associação Médica Brasileira. Outro destaque é a tese de doutorado de Einstein Francisco Camargos sobre o uso de antidepressivo para tratamento de insônia em pacientes com Alzheimer, contemplado com o I Prêmio de Incentivo à Pesquisa em Envelhecimento da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Distrito Federal (SBGG-DF).


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Além de geriatras e gerontólogos, o congresso irá reunir profissionais de saúde, gestores e interessados na discussão do envelhecimento. "O evento abordará não só as doenças do envelhecimento, o envelhecimento biológico, mas também os impactos para o Estado e a assistência", conta o professor Otávio de Toledo Nóbrega, da Faculdade UnB Ceilândia, orientador de uma das pesquisas que serão apresentadas no evento e membro da Comissão Científica de Gerontologia do 7º Coger.


A programação prevê ainda Prova de Título em Geriatria e Gerontologia para os que desejarem o reconhecimento de especialista na área. As inscrições para o evento podem ser feitas na página do Congresso. Aos interessados em efetivar a participação com antecedência, a comissão organizadora concederá desconto na inscrição. Até 30 de abril, por exemplo, estudantes de graduação pagam R$ 140 para participar do evento. Já em 1º de julho, o valor sobe para R$ 190.


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7º Congresso Centro-Oeste Geriatria e Gerontologia

26 a 28 de setembro de 2013

Centro de Convenções Ulisses Guimarães

http://www.coger2013.com.br/