Cientistas brasileiros estão esperançosos com os resultados dos testes da vacina HIVBr18, que atua na diminuição do vírus HIV em organismos.

Os pesquisadores anunciaram, este mês, que a resposta da vacina testada em quatro macacos rhesus atingiu resultado superior ao obtido com camundongos, que já havia sido considerado satisfatório. Os estudiosos pretendem ampliar o teste e realizar a pesquisa com 28 primatas da mesma espécie.


“Foi além da expectativa”, avalia Edécio Cunha Neto, um dos responsáveis pelo projeto. Os pesquisadores não esperavam que a diferença da resposta imune seria tão superior nos macacos. Se comparados os resultados, nos macacos rhesus o imunizante atingiu entre quatro e dez vezes um maior número de células do que nos camundongos.


Apoena Pinheiro/UnB Agência

O estudo também apresentou boa resposta quanto ao alcance da vacina. Todos os animais que receberam a HIVBr18 apresentaram respostas positivas. “Isso sugere que a vacina, assim como foi desenhada, tem boa aceitação em populações geneticamente distintas”, indica Cunha Neto.


Os pesquisadores devem, agora, partir para uma nova etapa da pesquisa. Dessa vez, 28 macacos rhesus serão submetidos a novas doses da vacinação. O composto também deve sofrer alterações. Em vez de vacinas de DNA, os cientistas irão introduzir os fragmentos do HIV – já utilizados – junto a um vetor viral. O novo método deve melhorar ainda mais a eficiência da resposta do sistema imunológico dos primatas.


Caso os resultados continuem progredindo, Cunha Neto afirma que a vacina poderia ser usada para aumentar a reação dos imunizados ao vírus e diminuir a capacidade de transmissão, além de melhorar a qualidade de vida do paciente. “A HIVBr18 não vai ser uma vacina para bloquear a aquisição da doença. No entanto, em tese, o indivíduo imunizado teria níveis bem menores de vírus no sangue”, afirma.

 

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